"O que diferencia «uma mudança reformista» de «uma mudança não reformista» num regime político, é que no primeiro caso o poder continua fundamentalmente nas mãos da antiga classe dominante e que no segundo o poder passa das mãos dessa classe para uma nova."

sábado, 26 de agosto de 2017

A deriva Revivalista e Populista em Coruche


Para chegar ao poder em Coruche o PS local desenvolveu uma estratégia assente na ideia chauvinista e xenófoba que, só quem tivesse nascido em Coruche, estaria em condições de governar o concelho e puxar pelo bairrismo e orgulho dos Coruchenses.

Coruche aos coruchenses! era esta a consigna. É claro que a direita e os poderosos da terra acolheram, apoiaram e financiaram esta campanha, que também assentou na exploração da questão da etnia cigana, ampla e profusamente difundida pelo concelho.

Chegados à Câmara logo tentaram pôr em prática o seu projecto revivalista e populista.

- Promoveram manifestações contra os ciganos;

- Alimentaram as expectativas a um grupo de neofascistas liderado por AMS, de repor o Busto na Praça da Liberdade do Salazarista Luís Alberto de Oliveira;

Entregaram de Mão beijada os Açudes do Monte da Barca e da Agolada aos antigos proprietários;

- Acordaram com a "família Barreiras" no Couço a devolução dos terrenos de interesse publico legitimamente ocupados pela população em 1974;

- Recuperaram Supostas "tradições" que mais não são, que manifestações de exaltação de valores e costumes da vida de miséria existente antes do 25 de Abril (como se pode ver ultimamente nos cortejos das festas e na "barrigada" de touros na rua que oferecem à população);

- A nossa Câmara, passou a ter com a igreja, uma relação de Submissão e Bajulação como no tempo de Salazar e Marcelo;

- Este ano a concepção do próprio cartaz das festas com um campino de pujantes "suíças" era reveladora da reverencia, Veneração e submissão da nossa Câmara aos novos "senhores" herdeiros dos latifundiários de outro tempos;


Pela mão do PS em Coruche, ganha forma e poder a tríade.


Câmara submissa aos poderosos, Igreja que recupera poder e influencia, e as três ou quatro famílias que dominam economicamente no concelho.

Tudo isto em nome de "um desenvolvimento sustentável" que ninguém nos explica o que é, mas entretanto o concelho continua a definhar!!!


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