"O que diferencia «uma mudança reformista» de «uma mudança não reformista» num regime político, é que no primeiro caso o poder continua fundamentalmente nas mãos da antiga classe dominante e que no segundo o poder passa das mãos dessa classe para uma nova."

segunda-feira, 30 de maio de 2011

A "privatização" dos açudes"

Veja-se o estado de abandono em que se encontra o açude da Agolada.





Este é o resultado da gestão Mendes&Barbosa!

O OFICIAL DA MARINHA

No mirante li uma entrevista
Com a qual eu não concordo,
Porque afinal esse senhor
Só foi capitão de bordo.

Na marinha vestia de branco
Uma farda linda e airosa,
Mas passou a vira casacas
E hoje veste côr de rosa.

Diz-se um homem de convicções
E com a inteligência que tinha,
Só por amor à mulher
Não foi oficial da marinha.

Se o amor não fosse louco
Possívelmente hoje até já era,
Não capitão de bordo
Mas capitão de mar e guerra.

Foi parar á EDP
Por ser um homem sem medo,
Ainda gostava de saber
Porque o reformaram tão cedo?.

Tozé

VOTAR NO PS, PSD OU CDS É VOTAR PELA DITADURA DO FMI/BCE/UE

Os três partidos que subscreveram o "memorando de entendimento" redigido pelo FMI/BCE/UE fizeram um pacto tácito entre si: não falar publicamente, durante a campanha eleitoral, das consequências terríveis das medidas ditadas pela troika . O PS, o PSD e o CDS estão coniventes e conluiados no seu desejo de esconder tais malefícios contra o povo português. Sócrates actua como o sr. Papandreu, na Grécia quando aceitou o acordo com o FMI/BCE/UE. O PSD e o CDS actuam como os partidos da "oposição" que apoiaram tal diktat imperial.
Nas eleições de 5 de Junho de 2011 o único voto seguro é o da rejeição liminar de qualquer apoio ao PS, PSD ou CDS e o reforço dos que se opõem ao diktat da troika. Tão pouco a abstenção eleitoral ou voto branco são formas de "protesto". A única forma eficaz de protesto é reforçar decididamente quem se opõe à ditadura do FMI/BCE/UE. Raciocínios especiosos sobre votos ditos "úteis" revelar-se-ão completamente inúteis após o dia 5 de Junho. Escolher entre o sr. Sócrates, o sr. Coelho ou o sr. Portas é o mesmo que escolher entre o cancro, a SIDA ou a lepra. As medidas bárbaras sofridas agora pelo povo grego dão uma antevisão do que nos espera com esta "ajuda" do FMI e do sub-imperialismo europeu.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Jornada eleitoral histórica para os bascos


Os números são esclarecedores. Com 99,99 por cento dos votos contados, obteve 1137 eleitos e um total de 313.151 votos (22 por cento), bem acima do melhor resultado que havia conquistado em 1999 com o Euskal Herritarrok. O Partido Nacionalista Basco é a força mais votada no conjunto dos quatro territórios com 327.011 votos (22,97 por cento) e 881 eleitos. Só depois aparece o PSOE com 16 por cento e o PP com 11,64 por cento. Outras forças independentistas como a Nafarroa Bai tiveram 2,55 por cento e a Aralar 2,26 por cento. A Esquerda Unida chegou aos 2,43 por cento.

Entre as conquistas do Bildu destacam-se Donostia (San Sebastian). A coligação independentista não só conquistou a capital da Gipuzkoa como arrebatou a maioria das câmaras municipais daquela província basca. O PP foi, finalmente, corrido da gestão camarária de certas localidades onde havia vencido graças à ilegalização da esquerda independentista. Em Lizartza, que era um desses casos, o Bildu obteve 82,87 por cento dos votos.

É certo que são eleições municipais, e forais no caso basco, mas estes resultados evidenciam o carácter anti-democrático do Estado espanhol. A decisão de ilegalizar o Sortu e a tentativa de ilegalizar o Bildu, depois de uma década de sucessivos partidos e coligações proibidos, demonstra que se impediu a participação democrática de centenas de milhares de cidadãos bascos. Com ou sem apoio à luta armada da ETA, o direito à expressão pacífica foi violado. Há gente presa e torturada por opinar. Há jornais e rádios proibidos. Há organizações juvenis e de defesa dos presos ilegalizadas.

Se o País Basco não vivesse um regime de excepção, o caminho natural para o PSOE seria abandonar o governo autonómico basco e abrir caminho a eleições antecipadas. O lehendakari Patxi López sabe que só ocupa aquele cargo, com o apoio do PP, graças à anulação dos votos da esquerda independentista. Mas o governo que lançou a polícia contra o seu próprio povo não obedece a outros interesses senão os do Estado espanhol. É, pois, pouco provável que o faça.

Em relação à esperança que se levanta no País Basco, é importante que se reforce a luta pela concretização de um processo de paz que conduza a uma situação democrática que permita aos bascos decidir o seu próprio futuro. Também é importante que o Estado espanhol aceite acabar com a repressão e dialogue com a ETA no sentido da libertação de todos os presos. A vitória do Bildu é uma vitória de todos os trabalhadores bascos. Uma vitória não só contra a ocupação mas também contra o capitalismo.

Sobre os acontecimentos em Espanha


segunda-feira, 23 de maio de 2011

SOMA E SEGUE

O PS e D. Mendes continuam a desbaratar os recursos municipais de uma forma que até parece que vivem noutro planeta:

  • Para o aluguer de "outdoors" publicitários à empresa "Espiral de Letras" foram 13.800 euros+Iva; 
  •  
  • Para a "Sogapal SA" 17.840 euros+Iva (impressão do boletim municipal em Marco e Maio/2011);
  • Para a empresa do "banha" 18.000 euros+Iva; 
  •  
  • Para a avença da Laura Macedo (que vai elaborar os boletins municipais) foram 17.676 euros+Iva;


Estes são alguns exemplos e ainda só vamos em Maio, a este ritmo no final do ano teremos que pedir “ajuda externa"!

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Inenarráveis dislates


Desta vez “o Mirante” brinda-nos com uma entrevista (aqui) ao Presidente da Junta de Freguesia de Coruche. É um divertimento do princípio ao fim e reveladora dos traços “esquisitos” da personalidade do dito.

Revela J.B que podia ter sido oficial da Marinha – não faz a coisa por menos – confessa, também, que se sentiu aliviado por ter saído do PCP – ele lá saberá porque é que se sentiu aliviado – e acrescenta à laia de justificação, que era necessário evoluir, mudar de linguagem – sim porque J.B como erudito que é, tem destas necessidades, não é como o comum dos mortais. Até porque a linguagem usada no PCP não se coadunava com o seu carácter, estatuto e nível intelectual! J.B está num patamar mais elevado, ele ombreia com “vultos” como, Professor Catroga ou Medina Carreira ou Jorge Jesus, que usam uma linguagem escorreita e clara, não como no PCP.

Por fim diz J.B que “defende a atribuição de mais competências às Juntas de Freguesia pela Câmara Municipal no âmbito do licenciamento urbano e até dos mercados, a par de uma maior autonomia em matéria de intervenção social” – que cérebro! Ficamos extasiados ao ler tamanha enormidade. O néscio quer que as Juntas adquiram competências ao nível do licenciamento urbano, que coragem ao fazer tal proposta, até fico emocionado.
Só que este discurso não passa, de uma fanfarronice, pois não é que J.B aceitou sem balbuciar qualquer palavra o corte de transferências da CMC para a sua Junta, ao mesmo tempo que assinou sem pestanejar um protocolo com a Câmara sem fazer nenhuma reivindicação das que afirma defenderISTO É QUE É CORAGEM.


Isto de falar de costas direitas para quem exerce o poder não é para todos, é só para aqueles que estão na vida política de forma, coerente, desinteressada e se batem por valores e princípios éticos, o que não é o caso de J.B que o que quer é estar sempre de bem com quem, em cada momento, detém o poder.

A escalada do desemprego

quinta-feira, 19 de maio de 2011

FMI FORA DE PORTUGAL!


Milhares de trabalhadores manifestaram-se esta tarde contra a ingerência da UE/FMI, segundo a CGTP-IN, mais de 50 mil, em Lisboa, e mais de 15 mil, no Porto, reafirmaram que com a luta é possível construir outro rumo para o país.  

«O acordo não é inevitável e não é lei»


É preciso dizer NÃO às imposições das troikas, transformando o sentimento de descontentamento e indignação contra estas políticas em votos que garantam a afirmação de caminhos alternativos.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Cromos Socialistas


A Crise e a política económica

A agenda neoliberal na sua fase mais virulenta


O memorando de “entendimento” que é imposto a Portugal pela troika PS-PSD-CDS coligada com a troika FMI-BCE-CE é gerador de um cenário de desastre, tanto pela evidente penalização social com que atinge a vida da população portuguesa em geral (poupando a grande burguesia que detém as grandes fortunas, os principais meios de produção, e os principais cargos de direcção), como pela regressão económica em que o país se encontra e que a “estruturação” aprofunda ainda mais, como também, por conduzir inevitavelmente (como se fosse o seu propósito) ao incumprimento perante os credores da dívida externa (por força das condições leoninas do empréstimo). A aceitação deste “entendimento” representaria um duro golpe à soberania do país e às suas capacidades e condições socioeconómicas por largos anos.
Não parece crível que os principais actores desta encenação não retirem a mesma conclusão quanto à insolvência do país a prazo, caso este “entendimento” avance. Mas pelos vistos o capital nacional-internacional está mesmo apostado ou é isso mesmo que tem em mente - levar por diante esta agressão ao nosso povo (com as conhecidas conivências políticas nacionais), que significaria um verdadeiro saque de dinheiro (fruto do trabalho e do roubo de direitos constitucionais dos portugueses) e de património (empresas, terras, o que quiserem comprar ou levar por conta, com a cumplicidade do trio PS-PSD-CDS). Deixando o país aprisionado numa dívida ainda maior.

Entretanto, o governo acelerou já a aplicação de cortes e congelamentos do financiamento ao sistema científico e tecnológico nacional, designadamente para Laboratórios de estado, Unidades de investigação universitárias, projectos de investigação científica e desenvolvimento experimental, e bolsas de investigação. O que significa o prosseguimento do caminho que vinha sendo seguido há já alguns anos, mas precipitando o seu agravamento futuro, ilustrando aquilo que o “entendimento” prevê no que toca à redução de “despesas” e do “peso” da administração pública (central e autónoma). Não obstante os slogans do “choque tecnológico”, do “compromisso com a ciência” e outras mais campanhas de relações públicas (depois de já esgotadas também as da “sociedade do conhecimento”, da “paixão pela educação”, etc.).
A desarticulação da capacidade científica e técnica do estado serve bem os interesses do grande capital; reduz a capacidade de intervenção do estado em matéria de planeamento, regulamentação, licenciamento, administração; liberta a decisão política da crítica técnica; facilita o negócio do outsourcing; liberta quadros qualificados para oportunidades de negócio a custos flexibilizados; etc. Os milhares de doutorados, arvorados pelo governo em bandeira da modernidade e da prosperidade do país – mas sacrificados neste pretendido saque de saldo - sabem bem quanto pesa o trabalho precário, as condições de trabalho adversas, a incompetência de gestores por conta de um governo retrógrado e corrompido, a falta de financiamento para produzirem, a falta de oportunidades e a emigração forçada.
A vertente científica e técnica do “estado mínimo” não é nada inocente, é duplamente negativa – para a economia e para a administração pública. A economia nacional (sobretudo as PME) perde apoios especializados da parte do estado. E a população fica exposta à ignorância e a abusos que a fragilizam; desde os riscos naturais, a segurança e protecção quotidianas (obras públicas e edificação, produtos alimentares e farmacêuticos, redes de águas e sanitárias, riscos tecnológicos, etc.). Tudo a favor do grande capital sem escrúpulos.

O “entendimento” poderia fingir fazer sentido se fosse no quadro de um sistema financeiro internacional previsível ou estacionário. Porém, o “entendimento” conduz em linha recta à atrofia do sistema económico nacional, já caracterizado por enormes dependências alimentar e energética, sufocando a sua capacidade de resposta. Então, no quadro externo instável e resvaladiço de crise sistémica, sujeito a rupturas e preços descontrolados de bens alimentares e de combustíveis, um provável agravamento do contexto externo de aprovisionamento terá repercussão catastrófica na economia e nas condições de vida dos portugueses, também inflacionando ainda mais a divida externa. Esta vulnerabilidade não pode ser ignorada, ela é um risco adicional iminente, o do efeito multiplicador da crise internacional para o plano interno.
O capitalismo procede em Portugal (como na Grécia, Irlanda e possivelmente noutros países mais da UE) à sua consabida missão de extracção de mais-valia e de acumulação de capital, mas agora e aqui por outra via, designadamente o negócio do saque financeiro (chantagem e agiotismo).
Tal como na Líbia procede entretanto ao saque (dos valiosos recursos do subsolo – hidrocarbonetos e água potável, e dos fundos e reservas das empresas do estado e do banco central) pela via violenta da guerra (ilegal e não declarada).
 
O capitalismo é uma máquina de exploração de configuração variável e tentacular. O presente saque e a ameaça do seu aprofundamento, aqui em Portugal, servirá sinistramente como uma fonte de financiamento da actual guerra contra a soberania e o património do povo Líbio?

Esta é a agenda neoliberal na sua fase mais virulenta.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

E agora?


Sim! E agora que terminou a telenovela! Que vai ser de nós, como vamos viver?

Sim! Porque já estávamos habituados à “invasão" de centenas e centenas de turistas todos os fins-de-semana que vinham a Coruche visitar os locais onde foram realizadas as filmagens.

O que irá acontecer aos nossos restaurantes sempre à “cunha" e que agora vão ficar "às moscas "e o comércio?

É tal o impacto na economia local que a "Barraqueiro" não sabe que fazer aos autocarros, pois, não tem passageiros para transportar da grande Lisboa para Coruche.

O que nos vai valer é que - como afirmou D. Mendes - o retorno do investimento que a câmara fez na novela, vai ser tal, que Coruche irá conhecer nos próximos tempos enormes progressos e por isso os 200 mil euros e o gasóleo foram bem empregues.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Com o PS todo o cuidado é pouco!



O plano de urbanização "da herdade dos fidalgos" teve da parte da "CCDR-LVT" - Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo - parecer desfavorável.

Porém na Câmara e na Assembleia Municipal de Coruche os eleitos do PS votaram a sua aprovação.


Como não há "almoços grátis" ... !?!


terça-feira, 10 de maio de 2011

OPERAÇÃO DE BRANQUEAMENTO



OPERAÇÃO DE BRANQUEAMENTO

A operação de branqueamento já começou. Ela faz parte da estratégia da classe dominante para fazer passar o programa imposto pelo FMI/BCE/UE. Dizem eles que "o programa nem é tão mau assim", "tem muitos aspectos positivos" ou que "podia ser pior". Os seus áulicos nos media, jornais económicos inclusive, reflectem esta orientação. Esquecem-se propositadamente de lembrar que o programa da troika é de uma contracção brutal da economia portuguesa, não mencionam as consequências do crescimento negativo. Esquecem-se igualmente de dizer que tal programa irá muito além dos três anos previstos – trata-se de um programa para o subdesenvolvimento definitivo de Portugal.
Por sua vez, os seus representantes políticos que aprovam o programa da troika – PS, PSD, CDS e Presidente da República – estão interessados em louvar as benesses deste programa imposto pelo capital monopolista e financeiro. Compreende-se perfeitamente:   as eleições de 5 de Junho estão à porta e precisam dourar a pílula. Valem-se do facto de que os efeitos só se farão sentir após 5 de Junho. 




segunda-feira, 9 de maio de 2011

É ASSIM NA CDU

Chamusca investe na habitação social

A Câmara da Chamusca atribuiu no final de Abril, através de arrendamento social, uma moradia T4 a uma família que já se encontrava sinalizada no âmbito do processo de realojamento promovido pelo município. A habitação foi construída pela autarquia e custou 66.800 euros, estando previsto o início de mais uma moradia, de tipo T2, ainda durante o segundo trimestre deste ano, na rua da Gamelinha, na freguesia da Chamusca. Estes investimentos são comparticipados em 50 por cento pelo IHRU – Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana.

_________________________________________

Por cá, o dinheiro da câmara é usado na publicidade (158 mil euros em 2010), propaganda e gasóleo para as carrinhas “da novela”.

Paulo Portas - É apenas mais do mesmo!

domingo, 8 de maio de 2011

Nada, nem ninguém os detém!


Eles aí estão, com o vigor e o entusiasmo habitual, a "esturrar" o dinheiro da câmara. Estão anunciadas "festas, feiras, provas de vinho, desfiles de moda, almoços e jantares bem regados e muitas surpresas.

Isto com o PS é assim: Tristezas? Crise? Não! Com os socialistas e D. Mendes é uma festa permanente.

É a promoção de Coruche. Tudo o resto não interessa! 
Viva a festa, abaixo a crise!

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Coruche não é só a vila!


Para a publicidade em 2010 D. Mendes gastou 158 mil euros. Claro que agora não tem para as "lombas".


Matar Bin Laden, ressuscitar a Al-Qaeda

O que fica claro é que o esforço para ressuscitar a todo o custo a Al-Qaeda pretende liquidar os processos de mudança iniciados há quatro meses no mundo árabe.
 ___________________________________________

Uma das grandes surpresas que os levantamentos populares no mundo árabe suscitaram foi terem deixado momentaneamente fora de jogo todas as forças islamistas e muito em particular, está claro, a mais suspeita e extremista – a Al-Qaeda -, marca comercial de conteúdo obscuro largamente instrumentalizada para apoiar ditadores, reprimir todo o tipo de dissidência e desviar as atenções dos verdadeiros campos de batalha. Com orientações de amplo espectro, como a aspirina, Bin Laden reaparecia de cada que era necessário reacender a “guerra contra o terrorismo”; e era mantido vivo para agitar o seu espantalho em disputas eleitorais ou para justificar leis de excepção. Desta vez a situação era demasiado grave para que não fosse utilizado por uma derradeira vez, numa orgia mediática que chega a eclipsar o casamento do príncipe Guilherme e produz repercussões muito inquietantes no mundo inteiro.

Quando parecia relegada ao esquecimento, definitivamente arrumada pelos próprios povos que se supunha apoiá-la, a Al-Quaeda reaparece. Em nome dessa sigla um grupo desconhecido assassina Arrigoni na Palestina; dias depois, em plena efervescência dos protestos anti-monárquicos em Marrocos, explode uma bomba na praça Yama el Fna de Marraquexe; agora reaparece Bin Laden, já não vivo e ameaçador, mas em toda a glória de um martírio planeado, estudado, cuidadosamente encenado, um pouco inverosímil. “Fez-se justiça”, diz Obama, mas a justiça reclama tribunais e juízes, procedimentos judiciais, uma sentença independente. George Bush foi mais sincero: “É a vingança dos EUA”, disse. “É a vingança da democracia”, e milhares de democratas estado-unidenses sapateiam de alegria em frente à Casa Branca, pulando com bárbara euforia sobre caveiras e tíbias. Mas democracia e vingança são tão incompatíveis como a pedagogia e o infanticídio, como o alfabeto e o solipsismo, como o xadrez e os jogos de azar. Os EUA apreciam os linchamentos, sobretudo em vista aérea, porque sabem que o seu poder é superior ao dos princípios. “O mundo sente alívio”, afirma Obama, mas ao mesmo tempo alerta para “ataques violentos em todo o mundo após a morte de Bin Laden”. Alerta? Avisa? Promete? Que alívio pode produzir um assassínio que – é dito em simultâneo – põe em perigo aqueles mesmos que presumivelmente pretende salvar?

A ocasião era esta. A Al-Qaeda volta a dominar o palco; A Al-Qaeda volta a saturar o imaginário ocidental. Ao mesmo tempo que o alegado cadáver de Bin Laden é lançado ao mar, o fantasma de Bin Laden apodera-se de todas as lutas e de todos os desejos de justiça. Cumprir-se-á a previsão de Obama: haverá ataques violentos em todo o lado e o mundo árabe-muçulmano voltará a ser um alvoroço de fanatismos e decapitações, queiram ou não queiram as suas populações. Entre democracia e barbárie os EUA não hesitam: a barbárie adapta-se muito mais ao “sonho americano” (e, naturalmente, ao delírio israelita).

Não sabemos se Bin Laden foi realmente morto; o que fica claro é que o esforço para ressuscitar a todo o custo a Al-Qaeda pretende liquidar os processos de mudança iniciados há quatro meses no mundo árabe.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

SE A JUSTIÇA FUNCIONAR …

Nota de Imprensa:

A CDU formalizou hoje nos serviços do Ministério Público, no Tribunal Judicial de Coruche, a denúncia relativa às decisões tomadas pelo Presidente da Câmara Municipal no que diz respeito ao apoio prestado pela Câmara à “Plural S.A”- empresa que produziu a telenovela da TVI, cujas filmagens decorreram no concelho de Coruche – os factos apresentados ao Ministério Público prendem-se, nomeadamente, com a recusa reiterada de Dionísio Mendes em facultar informações e documentos solicitados pelos eleitos da CDU na Câmara e Assembleia Municipal, bem como da decisão isolada, do Presidente da Câmara que, deu ordem aos serviços para abastecer de combustível as viaturas da empresa supracitada.

Estes comportamentos, considera a CDU, consubstanciam a prática dos crimes de peculato e de abuso do poder, nos termos do código penal. 

Nos próximos dias a CDU fará a entrega nos mesmos serviços do Ministério Público, de uma exposição a denunciar o contrato que considera ilegal celebrado entre a Câmara de Coruche e a “Apelo à Razão Sociedade Unipessoal”, propriedade do Presidente da Junta de Freguesia de Santana do Mato e membro dos corpos sociais da “Rádio Voz do Sorraia”, que tem como objectivo canalizar para esta rádio, uma verba mensal de cerca de 1800€ proveniente da Câmara Municipal.

A CDU exige clareza e transparência na gestão municipal.


Coruche, 2 de Maio de 2011

Passos Coelho - Mais do mesmo!

MAIS DO QUE OPORTUNO

domingo, 1 de maio de 2011

“FMI fora de Portugal”

1.º Maio: Apelos ao voto contra PS, PSD e CDS na manifestação do Porto (in  Lusa)

Apelos ao voto contra PS, PSD e CDS nas eleições de 05 de junho e gritos contra a presença do FMI em Portugal foram ouvidos hoje na manifestação do 1.º de Maio no Porto, organizada pela CGTP.

“Temos de aproveitar a oportunidade e castigar severamente os culpados pela situação: os sucessivos governos do PS, PSD e CDS e todos aqueles que se têm aproveitado das suas políticas”, afirmou o coordenador da União de Sindicatos do Porto (USP), João Torres.

A manifestação juntou centenas de pessoas na Praça da Liberdade e na Avenida dos Aliados, muitas das quais empunhando cartazes em que exigiam “FMI fora de Portugal”, o aumento e não corte dos salários e o fim dos despedimentos e do trabalho precário.

No único discurso da manifestação, João Torres frisou que “é preciso votar, e votar bem”, nas eleições legislativas, não caindo na “armadilha” dos que propõem o voto em branco ou a abstenção.

O dirigente sindical alertou que, “se tudo correr bem na ótica dos partidos da política de direita”, depois das eleições os banqueiros e patrões vão “ajustar contas com o povo” e “o Estado continuará a albergar ladrões e a roubar dinheiro aos pobres e aos velhos, e roubará o futuro às jovens gerações”.

João Torres acusou os políticos dos partidos que governaram o país nos últimos 35 anos de serem “submissos ao grande capital” e integrarem uma “longa lista de ladrões e corruptos”.

Para o coordenador da USP, os “partidos do arco do poder” (PS, PSD e CDS) “são na verdade os partidos da corrupção, da contrarrevolução, do FMI e da União Europeia”.

Estes partidos, acrescentou, têm aplicado no país “medidas de retrocesso político, económico, social e cultural, sempre à revelia da Constituição e do projeto de Abril”.

João Torres responsabilizou os “governos da política de direita” pela “destruição” de grande parte da indústria transformadora do distrito do Porto, que conta já “mais de 150 mil desempregados”, elevando para “13,5 por cento” a taxa de desemprego.

“Infelizmente, um terço do total dos beneficiários do rendimento mínimo vive aqui no nosso distrito”, afirmou, alertando que mais de metade dos desempregados da região não recebe subsídio de desemprego.

João Torres acusou também os líderes dos grupos Sonae e Jerónimo Martins de “arrogância e prepotência”, ao decidirem abrir as lojas Continente e Pingo Doce no Dia do Trabalhador, e enalteceu o facto de os hipermercados Jumbo terem ficado fechados.

O dirigente sindical apelou ainda à participação de todos nas manifestações de 19 de maio em Lisboa e Porto.

Após o discurso, os manifestantes desfilaram em volta da Praça da Liberdade e Avenida dos Aliados, terminando as comemorações com a atuação da Brigada Victor Jara. 

(in Lusa) 


ENTRE_SONS (79)

Zeca Afonso - "Maio Maduro Maio"